Em 2022, os bloqueios na China e o conflito entre Rússia e Ucrânia foram os principais impactos nas cadeias de suprimentos no mundo todo. Para manter as operações funcionando e diminuir as chances de desabastecimento, as empresas tiveram que repensar as suas estratégias, adotando o modelo de fornecimento mais local e menos global.

A seguir, confira os principais temas que devem nortear as decisões dos CPOs nas empresas em 2023:

1. Resiliência e gerenciamento de riscos

Ser capaz de se antecipar, se preparar e responder de forma ágil e eficaz às mudanças e interrupções no abastecimento é uma das prioridades das empresas para 2023. Por isso, a resiliência se torna cada vez mais importante no supply chain.

Para sofrer menos impactos negativos na cadeia de suprimentos, é necessário identificar os principais riscos para os negócios, desenvolver estratégias e planos de contingência, que podem ser crucias para as empresas manterem a continuidade de suas operações.

A diversificação de fornecedores, a gestão de riscos e o investimento em tecnologias, para garantir a continuidade dos negócios e minimizar qualquer impacto negativo nas cadeias de suprimentos, serão algumas das principais estratégias das empresas daqui para frente.

2. Digitalização e automação dos processos

A digitalização dos processos de compras já é realidade em muitas empresas, mas ainda existem organizações resistentes. Para sobreviver em um mercado acirrado, as soluções digitais para gestão de compras se tornaram indispensáveis em 2023.

Isso porque a automação melhora a eficiência do supply chain, reduz os custos de aquisição, diminui o lead time, aumenta a visibilidade das etapas de compras e traz transparência nas transações com parceiros.

Ao automatizar os processos operacionais e ter fácil acesso a dados e insights em tempo real, as organizações podem acompanhar melhor também o desempenho de fornecedores, reduzir erros, cumprir regulamentos e tomar as melhores decisões de compras.

3. Sustentabilidade e ESG na cadeia de suprimentos

O supply chain desempenha um papel fundamental na sustentabilidade empresarial. Por isso, agora e no futuro, as iniciativas ESG – meio ambiente, social e governança – devem guiar as decisões das empresas na seleção de fornecedores, escolha de matérias-primas, transporte e rotas, entre outros temas que ajudem a tornar os negócios mais sustentáveis.

As organizações que priorizarem fornecedores responsáveis ganharão vantagem competitiva e maior confiança de seus clientes. Além disso, à medida que a transição para uma economia circular se torna cada vez mais importante, devem ser estabelecidos fluxos para coletar embalagens, produtos e peças usadas, bem como para melhorar o processo de devolução.

Este ano, o cumprimento de requisitos mínimos de sustentabilidade já não é mais suficiente para impactar positivamente a sociedade. Isso porque os stakeholders estão cada vez mais interessados e atentos ao engajamento das empresas com questões sociais e de transparência, ou seja, que vão além do ponto de vista ambiental.

4. Inteligência artificial

No supply chain, o uso de inteligência artificial (IA), machine learning (aprendizado de máquina) e IoT (internet das coisas) podem ajudar as empresas a analisar grandes quantidades de dados e fazer previsões mais precisas, otimizar processos e melhorar a eficiência.

Além disso, as operações da cadeia de suprimentos alimentadas por IA também podem ajudar a reduzir os erros humanos e agilizar a tomada de decisões. Entretanto, é importante notar que a IA não é uma solução única e isolada e precisa ser implementada estrategicamente para que as organizações alcancem os resultados desejados.

Tanto IA quanto IoT serão cada vez mais usados para manutenção preditiva, otimização de rotas, previsão de demanda, gerenciamento de estoques, monitoramento de qualidade, análise de dados e automatização de processos.

5. Decisões orientadas por dados

2023 é o ano do data driven no supply chain. O investimento em tecnologia e ferramentas para coletar, analisar e gerenciar dados vai crescer e se tornar peça-chave para as decisões estratégicas do setor. Isso inclui também o compartilhamento de insights com fornecedores, aumentando assim as chances de inovação.

A cultura de dados pode oferecer uma visibilidade mais ampla sobre toda a cadeia de suprimentos, incluindo estoques, fornecedores e processos de produção, o que ajuda a identificar oportunidades de melhoria. Com acesso a dados precisos e informações relevantes, os times de compras podem tomar decisões baseadas em evidências, não em suposições.

A análise de dados pode ajudar ainda as empresas a entender melhor as necessidades e expectativas dos seus clientes e, ao compreender esses insights, fortalecer sua presença no mercado e aumentar seus lucros.

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