Atualmente, ainda existem organizações que encaram o compliance como grande obstáculo nos negócios. Mas, para uma empresa se manter numa jornada sustentável, é fundamental que estabeleça diretrizes sobre práticas éticas e de anticorrupção na cadeia de fornecimento.

Apesar de ser um conceito que está amadurecendo no país, o compliance é uma das principais pautas nas corporações, justamente porque impulsiona a transparência e o compromisso ético com a sociedade – e, aqui, suprimentos não pode ficar de fora.

Neste artigo, apresentamos o conceito de compliance, sua importância, os principais erros a serem evitados e como aplicá-lo na sua empresa. Continue a leitura e saiba mais!

Afinal, o que é compliance

A palavra compliance quer dizer “estar em conformidade”, “seguir regras”, “estar de acordo”. Para tornar o compliance inerente ao negócio, especialmente em compras, é preciso afastar o conceito de que é complicado e que só empresas gigantes estão preocupadas com isso. 

Segundo a última pesquisa da KPMG, realizada em 2019, sobre a maturidade do compliance no Brasil, para 92% dos participantes o código de ética e conduta da empresa faz referência aos aspectos regulatórios e de compliance. 

Os riscos de compliance mais relevantes destacados pelos participantes do estudo foram: gestão de terceiros/contratos (82%), trabalhistas, segurança do trabalho, previdenciário e tributário (82%) e concorrência, informação privilegiada e conflito de interesse (79%).

Na área de compras, ao contrário do que se pensa, se aprofundar nas questões do compliance e gestão de riscos é, antes de tudo, assegurar mais tranquilidade nas tomadas de decisão.

Com regras e políticas claras, há mais vantagens do que desvantagem nessa escolha.

Os erros mais comuns do compliance

Inserir o compliance em compras pode parecer difícil em um primeiro momento. Por essa razão, antes de criar políticas, normas e procedimentos, a empresa deve mergulhar na sua atividade, na missão, visão e valores, e avaliar quais são os assuntos mais importantes e sensíveis para ela.

O erro que muitas empresas cometem é abordar o compliance de maneira superficial, buscando e copiando modelos de políticas já existentes – muitas vezes, disponíveis na internet por outras companhias – sem olhar as suas próprias especificidades e necessidades.

A importância da cultura do compliance

O compromisso com uma conduta ética, íntegra e responsável deve estar alinhado à cultura da organização, refletir seus interesses e orientar os funcionários nas mais diversas situações de riscos que podem impactar sua competitividade e reputação no mercado.

Nesse sentido, para haver um engajamento das pessoas com o compliance, é essencial buscar uma comunicação clara, que converse adequadamente com seus diferentes públicos de relacionamento (por exemplo, funcionários, clientes, fornecedores e sociedade).

Um dos caminhos mais comuns para comunicar o compliance são os treinamentos. Na pesquisa realizada pela KPMG, 77% afirmaram que receberam orientação sobre compliance e anticorrupção (relacionados ao código de ética e conduta), já 52% responderam que os treinamentos não incluíram terceiros (gestão de riscos).

É importante esclarecer que compliance e auditoria interna são ferramentas diferentes, embora complementares. O compliance estabelece diretrizes para o gerenciamento de riscos, enquanto a auditoria interna garante o cumprimento desses processos.

Ferramentas digitais são grandes aliadas do compliance

Uma das maiores dificuldades das organizações é acertar na escolha dos fornecedores, ou seja, fazer negócios com parceiros que estão em dia com todas as questões ligadas ao compliance. Por isso, a empresa deve definir bem os critérios de seleção e avaliação dos fornecedores.

A solução de Gestão de Fornecedores (SRM) do Mercado Eletrônico ajuda as empresas a analisar os parceiros e saber se estão adequados às normas. A ferramenta permite centralizar todos os fornecedores e criar processos de cadastro, homologação, avaliação e inspeção de terceiros.

Já a solução de Contract Lifecycle Management (CLM) automatiza e controla todas as etapas do ciclo de vida dos contratos, da criação à renovação. Com a ferramenta, é possível realizar a gestão de contratos de toda a base com ajuda de gráficos e indicadores de performance (KPI).

Ambas as ferramentas do Mercado Eletrônico tornam as ações dos envolvidos em compras rastreáveis e auditáveis – procedimentos necessários para garantir um alto nível de compliance.

Bate-papo sobre compliance com especialista da FGV

Luciana Betiol, coordenadora do FGVethics e pesquisadora do FGV-CELog, participou de um bate-papo com Luiz Gastão Bolonhez, VP do Mercado Eletrônico, sobre compliance em compras na live “Compliance em compras: Um assunto estratégico para as organizações”.

Com uma abordagem didática e cheia de experiência, Luciana explicou como o conjunto de disciplinas de uma organização pode fomentar relações mais éticas e transparentes no B2B, tanto no dia a dia quanto nos momentos de crise.

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