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Provavelmente, uma das frases que você mais leu e ouviu nos últimos anos foi “transformação digital”.

Não à toa! Afinal, após as regras impostas para contenção do covid-19, as pessoas tiveram que se afastar de seus ambientes de trabalho e interagir digitalmente tornou-se a única maneira possível de fazer negócios.

Quem já usava a tecnologia a seu favor, saiu na frente. Quem ainda não, se prejudicou ou teve que correr muito para evitar prejuízos maiores.

Em outro post, já falamos que a pandemia acelerou os processos digitais. Ações que demorariam 3 anos para acontecer, foram feitas em apenas 3 meses.

Mas será que impor – de cima para baixo – mudanças é a maneira mais correta de alcançar a tão desejada transformação digital?

No post de hoje, falamos mais sobre o assunto. Confira!

 

A maturidade digital das empresas brasileiras

Um relatório recente, publicado pela consultoria McKinsey, mostrou que os líderes em maturidade digital no mundo têm, além de desempenho superior, uma taxa de crescimento EBITA 5x vezes maior, quando comparados às demais empresas.

No Brasil, os líderes digitais – que em sua maioria pertencem aos setores de Serviços Financeiros, Varejo e Telecomunicações e Tecnologia – alcançam até 3 vezes mais EBITA que as organizações que ainda não têm alto nível de maturidade.

Embora as TOP empresas brasileiras não estejam tão atrás da média mundial, a consultoria revelou que ainda existem várias barreiras que impedem o progresso mais rápido. Dentre eles, a dimensão da organização, a estrutura ideal, a disponibilidade de talentos, a presença de papéis de ligação entre tecnologia e negócio, e gestão e governança.

 

A transformação digital é um movimento cultural

Fazer a transformação digital de uma empresa não é algo que se resolve da noite para o dia.

Tão importante quanto iniciar a digitalização é a ação de revisar processos e entender se eles estão adequados ou não, antes de contratar uma nova tecnologia. Além disso, de nada adianta a alta cúpula de uma organização falar “amanhã, vamos iniciar a transformação digital”, se as pessoas que a tornarão possível, no dia a dia de trabalho, ainda não estão familiarizadas e conscientes das disrupções que esta mudança irá causar.

O jeito mais efetivo de tornar a digitalização uma realidade é investir no processo cultural. Empresas e lideranças devem criar uma cultura forte, sensibilizar os profissionais sobre a importância, capacitá-los, orientá-los e, então, apertar o botão de start.

Claro que em um período de pandemia alguns processos sofreram cortes e o atalho acabou se tornando o jeito mais rápido e viável, diante do sufoco.

Porém, é importante entender que apenas o processo cultural terá o poder de transformar a digitalização de uma empresa em algo orgânico e realmente eficiente.

Afinal, lembre-se sempre: cultura é o que as pessoas fazem quando ninguém pede e está observando.

 

Não adianta implementar tecnologia sem as pessoas certas

Outro erro comum que as empresas cometem, na hora de iniciar a transformação digital, é negligenciar a busca pelas pessoas corretas.

Em uma live do Mercado Eletrônico sobre “Alta Performance em Compras” Daniela Terra e José Carlos Roman, dois especialistas do setor, falaram que as companhias se preocupam muito em encontrar as melhores tecnologias do mercado, mas se esquecem do básico: as pessoas que realmente farão a mágica acontecer.

Claro que a capacitação faz parte do processo de migração, mas ainda assim é necessário encontrar profissionais que sejam curiosos e entusiastas da inovação e tecnologia. Algumas pessoas estão tão presas em suas zonas de conforto, que não se permitem entender as transformações e, por fim, acabam boicotando a implementação nos processos do dia a dia.

 

Os 5 tipos de pessoas nas organizações, qual delas você quer para a sua transformação digital?

O best-seller “Tribal Leadership: leveraging natural groups to build a thriving organization”, escrito por Dave Logan, John King e Halee Fischer-Wright, descreve os 5 tipos de profissionais visíveis dentro de uma empresa.

Após ler os tópicos abaixo, qual deles você acha que deve recrutar para disseminar a cultura da transformação digital dentro da sua companhia?

  • Membro desgarrado: a pessoa totalmente desconectada da empresa, que ninguém sabe por que e o que está fazendo naquele local de trabalho.

 

  • A vítima apática: a pessoa que sempre culpa a empresa e seus colegas de trabalho por tudo de errado que acontece. Ela está sempre reclamando da liderança, da equipe, do carpete, do ar condicionado, dos processos e a lista só cresce.

 

  • Os guerreiros solitários: as pessoas que fazem tudo para escalar o Everest profissional. Em outras palavras, que mentem, fazem intrigas e demais atitudes não profissionais para obter sucesso no mercado de trabalho. Essas pessoas, na maioria das vezes, não vestem a camisa da empresa e se preocupam apenas com o próprio destaque pessoal.

 

  • Orgulho tribal: também conhecido por ser o grupo de pessoas que tem certeza do potencial de sua liderança, de sua equipe, de sua empresa e de seu próprio trabalho. Neste time, o único erro é achar que a concorrência é sempre inferior e subestimar os riscos futuros que ela pode causar aos negócios.

 

  • Inocente maravilhado: muito parecido com o grupo anterior, o inocente maravilhado também acredita que sua liderança, equipe, empresa e trabalho são os melhores. Porém, diferentemente do orgulho tribal, eles sabem que a concorrência é boa e competente, e se esforçam diariamente para superar o que parece ser insuperável.

 

Este post tem a missão de ajudá-lo a entender que a transformação digital vai muito além de questões de tecnologia. Ela é, sobretudo, uma mudança comandada por pessoas.

Portanto, toda vez que este tópico surgir na sua empresa, você já sabe por onde começar e quem deve recrutar.

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Até a próxima!