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Quando pensamos em gestão de projetos e inovação, a metodologia ágil está no topo das tendências, impulsionada pela aceleração da transformação digital. A metodologia ágil torna os processos mais simples, rápidos e flexíveis, além de ajudar empresas a economizarem tempo, dinheiro e acelerarem suas entregas.

Somente nos países da América Latina, o investimento em projetos ágeis cresceu 30% no período de quatro anos (2017-2021), segundo o estudo Agilidade, feito pela consultoria Everis, em parceria com a MIT Tech Review.

A pesquisa contou com a participação de empresas gigantes e traz os seguintes resultados:

  • 68% responderam que os riscos diminuíram;
  • 94% relataram o aumento na velocidade das entrega;
  • 52% confirmaram a redução de custos como benefício.

A seguir, separamos as principais metodologias ágeis e suas características:

Principais metodologias ágeis

1. Scrum

O Scrum é uma das principais metodologias (frameworks) utilizadas por equipes ágeis para o gerenciamento de produtos de softwares

No Scrum, os papéis são bem definidos para aumentar a agilidade do time. Um dos cocriadores do conceito, o americano Jeff Sutherland, escreveu o livro “A arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo” — título que já demonstra o principal objetivo do Scrum.

O time Scrum é composto pelos papéis de:

  • Product Owner (Dono do Produto): conhecido também como “PO”, o profissional de Product Owner direciona a equipe para executar o que é necessário no projeto. Ele escuta e representa o cliente e cria uma lista de prioridades (normalmente, chamada de backlogs).
  • Scrum Master: pessoa responsável por remover os obstáculos da equipe de desenvolvimento. Ela é a facilitadora dos processos Scrum, lidera e treina o time de desenvolvimento, a fim de promover a produtividade e a qualidade das entregas.
  • Development Team (Time de Desenvolvimento): grupo de engenheiros de softwares e programadores responsáveis pelo desenvolvimento do projeto. É uma equipe multidisciplinar e organizada, com pessoas que têm autonomia para tomar decisões.

 

2. Lean

Conhecido como o mais enxuto dos métodos, o Lean é muito utilizado no universo das startups e do empreendedorismo. Mas sua origem não é recente: foi criado pela Toyota, nos anos 80, com o objetivo de acelerar a produção de veículos.

Um dos princípios do Lean é a identificação e eliminação eficiente de desperdícios dentro de um projeto ou organização, para melhorar a produtividade das equipes.

A ideia por trás desta metodologia é a diminuição de custos e complexidade de tarefas, além de otimizar as entregas, aumentar a performance e o compartilhamento de informações.

No supply chain, é comum a implementação de um sistema de produção puxada (do inglês, “pull system”), um dos princípios do Lean, que produz somente quando há demanda.

O Lean Institute Brasil (LIB) está à frente da disseminação do conceito no país e oferece treinamentos para a aplicação da metodologiaem diversos setores, como logística, construção e saúde.

Para se ter uma ideia da relevância do conceito no país, uma iniciativa do Ministério da Saúde e do Hospital Sírio-Libanês, chamada de “Lean nas Emergências”, utiliza o Lean para reduzir a lotação nos hospitais públicos.

 

3. Kanban

“Kanban” é um termo em japonês que significa “tabuleiro”. O método é o mais utilizado e simples dos frameworks para controlar e otimizar as tarefas de uma equipe. Faz parte do conceito just in time, que é fazer o que precisa ser feito quando precisa ser feito.

Existem dois tipos de Kanban: movimentação e produção. O fluxo de movimentação é o que mais se encaixa em suprimentos, por exemplo, pois os envolvidos no processo de compras, como compradores, gestores e fornecedores, precisam colaborar para concluir uma aquisição.

Já o fluxo de produção é dividido em três colunas: to do (fazer), doing (fazendo) e done (feito). É basicamente um quadro físico ou virtual, que permite acompanhar, de maneira visual, as tarefas que precisam ser iniciadas, as que estão em andamento ou já foram finalizadas.

 

4. Smart

A metodologia SMART possibilita criar metas reais e tangíveis. Cada letra carrega um significado interessante: Specific (específico), Measurable (mensurável), Attainable (atingível), Relevant (relevante) e Time Based (temporal).

Isso significa que as metas precisam ser bem definidas, passíveis de serem mensuradas, realistas, significativas à empresa e com datas de conclusão.

Na prática, o Smart pode ser aplicado para qualquer meta, por exemplo, para conquistar mais savings ou no planejamento de compras.

 

Neste artigo, vimos as principais metodologias ágeis e como elas podem favorecer a inovação, produtividade e colaboração da equipe de compras.

A sua empresa usa algum desses processos? Se sim, conte nos comentários e inspire outros profissionais da área.

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