A automação dos processos, impulsionada pela adoção da IA, está transformando a forma como as empresas gerenciam suas cadeias de suprimentos. Do planejamento à entrega ao consumidor, o uso de IA e dados no dia a dia de compras permite que compradores tomem decisões mais rápidas e precisas, resultando em uma maior eficiência operacional e redução de custos do setor.

Para falar sobre a nova era do comprador, automação, dados e IA no 21º Fórum de Compras & Sourcing, evento da Live University – Inbrasc, realizado nos dias 11 e 12 de novembro, convidamos Paulo Rosanova, diretor Comercial do ME, como mediador do painel, Criciele Vilela, gerente executiva de compras na Nestlé, e Paula Corrêa Soares, gerente corporativo de Suprimentos na Atvos.

De acordo com o Gartner, as cadeias de suprimentos mais avançadas devem até adotar, até 2030, uma combinação de tecnologias, como automação de processos robóticos (RPA), aprendizado de máquina (ML), blockchain, entre outras —para se tornarem cada vez mais autônomas.

A seguir, confira os principais insights apresentados no painel pelos nossos convidados:

  1. Automação dos processos libera tempo para estratégias

A adoção de tecnologias para automatizar processos de compras está ajudando a liberar os compradores das atividades operacionais, permitindo que eles se concentre em questões mais importantes para os resultados das empresas.

“A maior carga dos compradores é operacional. Então, ao usar as tecnologias para automatizar diversos processos, eles têm tempo para ser pensar fora da caixa, ser mais criativo, fazer análise de mercado… O profissional pode olhar e focar no que é estratégico, no consumidor lá na ponta”.

Criciele Vilela, gerente executiva de compras na Nestlé

  1. Robôs potencializam a eficiência de compras

O uso de RPA, os robôs de compras, automatiza tarefas repetitivas, otimiza processos operacionais e aumenta a precisão das informações, liberando os comprados e permitindo que as equipes foquem no que realmente importa: estratégias que geram valor ao negócio.

“Os robôs potencializam os resultados de compras. A automação com robôs deve garantir o compliance das operações, em primeiro lugar. Para implementar uma hiperautomação, é necessário uma governança bem estruturada na empresa. É preciso uma base robusta de dados.”

Criciele Vilela, gerente executiva de compras na Nestlé

  1. O perfil do comprador moderno mudou

A área de compras passou por passou por transformações significativas nos últimos anos, impulsionada pela digitalização e pelas novas demandas do mercado. E o perfil do comprador também evoluiu. Agora, é preciso estar por dentro das tendências e das tecnologias robustas.

“A IA traz insights muito interessantes, mas quem faz a mudança é o comprador. É ele quem toma as decisões no dia a dia. Por isso, é essencial cultivar o pensamento crítico. As habilidades comportamentais, como empatia, relacionamento com fornecedor, visão 360º, são diferenciais.”

Paula Corrêa Soares, gerente corporativo de Suprimentos na Atvos

  1. Liderança eficaz inspira e motiva equipes

Em um mercado dinâmico, a adoção de novas tecnologias se tornou essencial para manter a competitividade e eficiência das empresas. No entanto, a mudança de mentalidade requer uma liderança que inspire confiança e encoraje as equipes a se adaptarem aos cenários desafiadores.

“A IA traz insights muito interessantes, mas quem faz a mudança é o comprador. É ele quem toma as decisões no dia a dia. Por isso, é essencial cultivar o pensamento crítico. As habilidades comportamentais, como empatia, relacionamento com fornecedor, visão 360º, são diferenciais.”

Paula Corrêa Soares, gerente corporativo de Suprimentos na Atvos

  1. Humanos e máquinas precisam atuar juntos

A sinergia entre tecnologia e inteligência humana é o caminho para o futuro da área de compras e supply chain. Humanos é máquinas formam uma parceria importante para transformar processos, otimizar decisões, inovar e impulsionar o crescimento do setor.

“Para conquistarmos eficiência, é preciso ter conhecimento e embasamento para tomar decisões. Nesse sentido, humanos e máquinas precisam andar lado a lado.  A tecnologia ajuda muito, mas as habilidades transversais dos compradores continuam sendo muito relevantes. Todo profissional precisa se enxergar como agente de transformação”.

Paula Corrêa Soares, gerente corporativo de Suprimentos na Atvos

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