Uma das habilidades indispensáveis em qualquer profissional, em especial o de compras, é a arte da negociação.
Se você já assistiu ao filme “Doze homens e uma sentença”, deve se lembrar que um único jurado, o Sr. Davis, não tem certeza de que um jovem matou o próprio pai, e começa a travar uma batalha de negociação para conseguir com que os outros 11 jurados repensem a decisão.
Para ser um comprador eficiente, é preciso ter não só o que chamamos popularmente de “lábia”, mas principalmente possuir referências setoriais e repertório.
Isso porque, constantemente, o profissional precisa negociar com fornecedores os melhores preços, prazos e entregas.
Assim como o Sr. Davis no filme mencionado, o executivo precisa dominar todas as técnicas para negociar de forma assertiva.
Identificar os prós e contras de cada proposta e saber, de forma analítica, avaliar as melhores opções de produtos e serviços, é um dos passos mais importantes na jornada do comprador.
E hoje, para ter acesso a um amplo leque de dados e indicadores, sem dúvida, a tecnologia é a melhor aliada. Continue a leitura!
Como a tecnologia ajuda no processo de negociação
Existem diferentes recursos tecnológicos que se tornaram o braço direito para o setor de compras.
Diferentemente de alguns anos atrás, atualmente, é possível obter ferramentas que apresentem, de maneira organizada, um cenário com informações de todos os fornecedores, comparando preços, prazos de entrega e formas de pagamento e, ainda, apresentando a melhor opção de negócio dentre as disponíveis.
Há também recursos que permitem analisar os potenciais riscos dentro da operação e que gerenciam a cadeia de suprimentos em diferentes estados com maior controle e organização.
A inteligência Artificial (IA) também chegou para otimizar processos operacionais dentro da área de compras, permitindo que os profissionais pudessem se concentrar mais na parte analítica e estratégicas dos negócios.
Com dados em mãos, é possível ter uma visão clara, identificar as principais necessidades da empresa e a melhor forma de supri-las.
A partir destas informações, a área de compras passou a ter mais indicadores de performance, que mostram os pontos a melhorar, contribuindo, assim, para as tomadas de decisão.
Por isso, companhias que contam com um ecossistema tecnológico podem gerenciar todas as frentes da cadeia de suprimentos, de forma orientada e rápida, obtendo um diferencial competitivo das demais empresas.
O novo perfil do profissional de compras
Assim como o ator principal do filme “Doze homens e uma sentença” tem como missão garantir que ninguém seja prejudicado, a área de compras se encontra em uma posição semelhante.
O profissional de compras tem como responsabilidade garantir o fornecimento ético de todas as cadeias de suprimentos. Ele deve se certificar, por exemplo, de que o produto adquirido não teve exploração trabalhista em seu processo de produção.
Com as soluções tecnológicas, esta análise se torna mais transparente, tendo em vista que é possível acessar todo o histórico da empresa, inclusive certificar também se o fornecedor está alinhado com os princípios de sustentabilidade.
Na atualidade, os profissionais de procurement precisam ser um pouco de tudo: dominar dados e tecnologia, investigar as marcas e fornecedores que pretendem fechar parcerias, a fim de mitigar riscos, saber manusear recursos de inteligência artificial e, ainda, ter conhecimento de finanças.
Este artigo foi assinado por Klyvian Flores, diretora de Marketing do Mercado Eletrônico, e publicado no Estadão.
E aí, você concorda com este ponto de vista sobre os profissionais de compras?
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