No ME, a diversidade é parte da nossa cultura. Para celebrar a pluralidade da comunidade LGBTQIAPN+, além do mês de junho, promovemos uma roda de conversa sobre o tema, especialmente para discutir os desafios das pessoas transexuais no mercado de trabalho. 

Para o bate-papo com colaboradores e gestores do ME, convidamos Jade Odara, madrinha do evento do Orgulho ME, Niodara, CEO das Novas Narrativas e Head de Comunicação da DiverCidade Hub, e Iogaia Mensano Sampaio, consultora de Diversidade e Inclusão e Analista de D&I na Zup Innovation. 

O evento, que também foi transmitido online, aconteceu em São Paulo, em um delicioso café da manhã. Jade Odara iniciou o momento relembrando o quanto é importante promover um ambiente seguro e respeitoso para as pessoas LGBTQIAPN+. 

“Hoje, no ME, além de ser um encontro corporativo, é humano, é potente. São as pequenas coisas que podem resultar em grandes trans-formações. Por isso, ter aliados e aliadas à nossa luta é o que faz a diferença para nós. Queremos estar em ambientes seguros como normalmente são para as pessoas heterossexuais. Essas pessoas estão onde querem, e nós queremos também”, declara Jade Odara, atriz, apresentadora e madrinha do evento do Orgulho no ME

Breve panorama sobre pessoas trans e travestis no mercado de trabalho  

A discriminação e a violência contra a população LGBTQIAPN+ é uma realidade alarmante no país. Uma pesquisa da Agência AlmapBBDO e do Instituto On The Go mostra que cerca de 80% das pessoas transexuais e travestis já se sentiram discriminadas em seleção para um emprego.  

Já um estudo da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) aponta que 88% das pessoas trans não acreditam que as empresas estejam preparadas para contratar ou garantir a permanência de profissionais transexuais.  

A evasão escolar também revela o quanto a discriminação por identidade de gênero é um fato que se manifesta em vários espaços da sociedade. De acordo com a Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil, 82% das pessoas trans deixam o ensino médio entre 14 e 18 anos. Nas universidades brasileiras, menos de 0,3% dos universitários se identificam como pessoas trans. 

Niodara e Iogaia reforçam o papel das empresas na inclusão de pessoas trans e travestis 

“Falar sobre inclusão de pessoas trans e travestis no ambiente corporativo é muito relevante para que nós, trans e travestis, possam finalmente ocupar lugares que majoritariamente são masculinos, como a área da tecnologia. O que buscamos e precisamos é que neutralizem a nossa presença em todos os espaços e, nesse sentido, a liderança é fundamental”, declara Iogaia Mensano Sampaio, consultora de Diversidade e Inclusão 

 

Durante muito tempo, abordamos a diversidade como reparação social, mas hoje, estudos já comprovaram o impacto nas escolhas dos consumidores. Se as pessoas não se sentem representadas de alguma maneira, elas não consomem o produto ou serviço. O ser humano é naturalmente plural e diverso. Queremos ser nós mesmos e mesmas em todos os espaços”, diz Niodara, CEO da Novas Narrativas Consultoria

Até o próximo encontro! 🌈