O setor de compras está passando por transformações significativas. A chegada das tecnologias robustas e da hiperautomação tem trazido muitas dúvidas, e isso é natural quando falamos em um processo de mudança.
Um dos painéis do ME B2B Summit 2023 abordou como as tecnologias disruptivas, como inteligência artificial, robotização dos processos (RPA) e aprendizado da máquina (machine learning) estão impactando a área de compras e os profissionais do setor.
O bate-papo contou com a presença dos especialistas: Pedro Dalprat, gerente de projetos para operações na Roland Berger, Gabriel Judice, head de procurement na Nestlé, Matheus Coelho, gerente de suprimentos na Mineração Morro do Ipê e Luiz Vieira, procurement director na Oi.
Neste blog post, vamos explorar alguns dos principais insights trazidos pelos executivos, com relação ao universo das compras 4.0.
Aproveite a leitura!
1. Quanto maior a quantidade de dados, maiores são os desafios para interpretá-los
Vivemos em um momento em que a quantidade de dados disponíveis cresce cada vez mais. Os benefícios da adoção do Big Data, da IA e de outras tecnologias nos processos de compras são inúmeros e ajudam a liberar os profissionais da rotina operacional.
No entanto, existe o desafio de interpretar as informações e usá-las de maneira inteligente, pois quanto maior a quantidade de dados, maior é a complexidade em extrair insights relevantes para o setor e tomar decisões estratégicas.
Por essa razão, em breve, a interpretação de dados se tornará uma habilidade fundamental para compradores, que deverá dominar as técnicas e ferramentas necessárias para analisar, compreender e aplicar o vasto universo de dados e informações disponíveis.
2. Esclareça e organize os processos antes de adotar as IAs
Na era da automação e do avanço das novas tecnologias, antes de adotar qualquer inovação, é indispensável que os compradores esclareçam e organizem seus processos. O conhecimento das atividades e a compreensão de como a transformação digital impactará o dia a dia de compras são essenciais para garantir uma transição bem-sucedida.
A automação de processos, aliada ao conhecimento de informações proporcionado pelas novas tecnologias, como a IA, pode trazer inúmeros benefícios. Nesse contexto de mudanças e incertezas, os profissionais de compras precisam se preparar para aproveitar as oportunidades trazidas pela hiperautomação, sem deixar de lado a importância de uma abordagem estratégica.
Por isso, é fundamental que as pessoas envolvidas nos processos de compras, compreendam a rotina do departamento e as mudanças necessárias para aumentar a produtividade e melhorar a competitividade da empresa.
3. Governança de dados deve ser prioridade no uso de IA generativa
A inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, tem se mostrado uma grande aliada dos mais diversos setores. No entanto, ao usar ferramentas como essa no dia a dia de compras, a coleta e o processamento de dados sensíveis da empresa exigem atenção.
Com foco na proteção de dados sensíveis e estratégicos das empresas, a área de compras deve estabelecer processos eficientes de governança, que regulamentem o compartilhamento de informações confidenciais.
A priorização da governança de dados proporciona um ambiente confiável, aonde a IA generativa pode ser utilizada de forma ética. Ao adotar uma abordagem segura para o uso dessas ferramentas, as empresas podem evitar riscos e exposições prejudiciais.
4. A área de compras não caminha sozinha na transformação digital
A transformação digital impacta positivamente todos os setores de uma empresa, incluindo a área de compras. Nesse sentido, a automação dos processos se torna essencial para impulsionar a eficiência e a agilidade nas negociações com fornecedores.
Em compras, ninguém faz nada sozinho. Para aumentar as chances de sucesso, é importante que todas as áreas e profissionais envolvidos nos processos de compras estejam engajados e abertos à cultura da inovação. Além disso, é imprescindível também o engajamento dos fornecedores na jornada da hiperautomação.
5. Aprendizagem contínua é preciso para sobreviver à era da hiperautomação
A era da hiperautomação aumentou a necessidade de uma cultura de aprendizagem contínua. Em um mundo onde a inteligência artificial e as novas tecnologias estão redefinindo a indústria 4.0, a sobrevivência dos negócios depende da capacidade de se adaptar e se reinventar.
O lifelong learning — em português, aprendizagem contínua — se torna uma necessidade para compradores, não apenas um diferencial. É preciso estar sempre atualizado e disposto a adquirir novos conhecimentos e habilidades, a fim de se manter relevante e competitivo.
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