19 de setembro é comemorado o Dia do Comprador. O Mercado Eletrônico não podia deixar a data passar em branco e, por isso, preparou uma semana repleta de materiais exclusivos para ajudar os profissionais de compras a se manterem atualizados e alcançarem seus objetivos de carreira.

A jornada da área de compras foi amadurecendo ao longo dos anos. Antes, ela era vista como uma área que gerava custos e apagava incêndios. Hoje, pode ser considerada uma das mais estratégicas para as empresas.

Portanto, preparamos uma entrevista exclusiva com a nossa diretora de RH, Adriana Oliveira, na qual discutimos a evolução do mercado, exploramos algumas dicas sobre como capacitar o comprador do futuro e até como se destacar em uma entrevista para se recolocar no mercado.

Não perca nenhum detalhe deste bate-papo. Temos certeza de que ele trará insights valiosos para o seu dia a dia.

Confira agora a entrevista!

 

Adriana Oliveira, diretora de RH do ME, dá dicas para capacitar o comprador do futuro

ME: Você trabalha no ME há 19 anos. De lá para cá, na sua opinião, o que mais mudou na área de compras? Como você enxerga a evolução do setor?

Adriana Oliveira: O setor de compras vem se transformando ao longo dos anos. Antes, o perfil do comprador era muito voltado à negociação, ele gostava muito de receber o fornecedor, visitar o produto e se manter em constante movimento. Com a modernização, o mercado B2B foi se atualizando e, consequentemente, o perfil do comprador também mudou. Atualmente, não basta saber negociar, o profissional também precisa estar munido de informações e saber se relacionar, saber gerar valor para os parceiros de negócios. Com a digitalização e o contato direto entre empresas no mercado B2B, as organizações estão agilizando seus processos, abrindo o leque de oportunidades para os compradores.

 

ME: E em relação a recrutamento e seleção? O que não é mais solicitado pelas empresas e o que se tornou indispensável?

Adriana Oliveira: Quando o foco do processo é encontrar alguém com o perfil de comprador, é necessário prestar atenção na atitude (inclusive em entrevistas on-line). Ou seja, o profissional precisa contar um pouco sobre a vida dele e seu dia a dia. Desta maneira, o entrevistador poderá captar sua essência e entender se está de acordo com o perfil e a cultura da empresa. Se estes pontos não ficarem claros, por mais que o profissional tenha qualificação, ele não irá se encaixar no perfil buscado para a vaga. Hoje, é indispensável que o comprador tenha atitude, honestidade, seja ágil e tenha habilidade com tecnologia. Estes pontos acabam trazendo uma qualificação muito além do que se espera. Antes, o profissional precisava ser um bom negociador e isso já bastava. Atualmente, isso não é mais suficiente. Ele também precisa entender do negócio, das necessidades da empresa e escolher um parceiro que consiga atender as demandas com uma relação ganha-ganha.

 

ME: Com o desenvolvimento de novas tecnologias inseridas no dia a dia, o setor de compras acabou se tornando uma área estratégica para as empresas. O que você acredita que os profissionais precisam fazer para acompanhar essa evolução tão veloz?

Adriana Oliveira: Se eu fosse uma profissional de compras, eu daria foco às empresas que trabalham com B2B e utilizam plataformas de comércio eletrônico e e-Procurement. Eu estudaria muito sobre o tema, pois, além de conhecer, preciso também saber vender o assunto internamente para trazer um ganho para a área de compras. Hoje, não é apenas o setor de vendas que traz valor para a empresa. O setor de compras também consegue trazer, tanto que se tornou uma área estratégica para as organizações. Resumindo, o profissional precisa conhecer muito bem o seu negócio, estudar os seus concorrentes e fazer um benchmarking, a fim de ter insights para melhorar o dia a dia da área, além de acompanhar os avanços tecnológicos e as tendências de mercado.

 

ME: Na sua opinião, qual é o perfil do comprador de sucesso?

Adriana Oliveira: A primeira habilidade que o comprador de sucesso precisa ter é a paciência. Este profissional precisa buscar informação de forma rápida e ainda atender as demandas do dia a dia de compras. Ou seja, paciência é fundamental. Outro ponto importante é saber fazer a gestão do tempo. Organizar-se é essencial para atender todas as atividades, reuniões e ainda sobrar um tempo para inovar, pensar em coisas que possam agregar à rotina e se preparar para novas demandas, que podem surgir para desempenhar um bom trabalho.

 

ME: Soft, hard e meta skills. Quais dessas habilidades você acha que são mais importantes no mercado atual?

Adriana Oliveira: Ele precisa ser organizado para atender as demandas e ser estratégico. Ter um olhar analítico para conseguir antecipar possíveis erros e oportunidades. Ter senso de urgência e de comprometimento para concluir suas atividades. Mas isso tudo só é possível se o profissional tiver uma boa comunicação. É indispensável se comunicar bem, pois a todo momento nós precisamos comunicar as equipes e se relacionar com os parceiros externos. Outro ponto é saber lidar com as tecnologias, pois muitas empresas estão digitalizando suas áreas. Se o profissional não tiver esta facilidade, ou vontade de superar o desafio da tecnologia, provavelmente ele não conseguirá atender as necessidades para a vaga.

 

ME: E a inteligência emocional? É possível ter sucesso no mercado de trabalho sem desenvolvê-la?

Adriana Oliveira: Não. O profissional precisa se conhecer e saber lidar com as suas emoções. É natural que algumas situações abalem o nosso humor e zona de conforto. Entretanto, é importante entender os próprios limites e dialogar de maneira constante para manter o equilíbrio mental e emocional. É fundamental ter senso de resiliência para se adaptar às dificuldades e saber extrair o melhor delas.

 

ME: Quais atitudes os profissionais precisam ter nas entrevistas de emprego para se destacarem?

Adriana Oliveira: A primeira coisa que eu sempre penso e vejo: a pessoa precisa ter atitude, ser dedicada e disciplinada. Como as entrevistas estão acontecendo on-line, às vezes, fica difícil perceber estas qualidades no candidato. Mas existem algumas perguntas estratégicas que uso para conhecer melhor o profissional e ver se ele se encaixa no perfil. Eu sempre pergunto como é a atitude dele no dia a dia de sua casa, como ele concilia o relacionamento familiar com as atividades domésticas, se ele criou uma rotina durante a pandemia etc. Por meio de perguntas assim, é possível traçar um pouco as qualidades do candidato, bem como descobrir se ele é proativo, organizado, colaborativo e entender sua maneira de pensar. Eu, por exemplo, levo muito em conta a parte pessoal, pois a parte técnica o profissional pode desenvolver e treinar ao longo do tempo. Já as qualidades pessoais são sua verdadeira essência. Além disso, claro, é interessante o profissional ter as outras qualidades já citadas durante a entrevista.

 

ME: E em meio à pandemia, existe alguma dica específica para se destacar dos demais candidatos?

Adriana Oliveira: A primeira dica é: exercite o autoconhecimento e entenda o que você realmente gosta. Se você está buscando uma carreira em algo que se identifica, certamente demonstrará paixão, conhecimento e vontade de aprender cada vez mais. Caso esteja concorrendo para um vaga que não tenha paixão em trabalhar, provavelmente, não será fácil se destacar dos demais. Estamos passando por um momento de autoconhecimento, reflexão e mudanças. Analise se, de fato, essa é a área em que deseja atuar e, caso não seja, busque o seu lugar de felicidade.

 

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Confira também a nossa LP comemorativa do Dia do Comprador com materiais exclusivos.

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Até a próxima!