Atualmente, o protagonismo da área de Compras não está apenas relacionado com a redução de custos, mas também com a sua capacidade de inovação como estratégia competitiva.

Embora a poupança seja um dos principais objetivos do departamento, a pesquisa Deloitte’s Global CPO Survey 2021 mostra que, pela primeira vez em 10 anos, a eficiência operacional da equipa de compras está no topo de prioridades dos líderes do setor.

Estas tendências elevam a área de abastecimentos a outro patamar, fazendo surgir a necessidade de formar profissionais preparados para lidar com tantos desafios. No post de hoje, irá compreender melhor a importância dos CPOs (Chief Procurement Officers), ou diretores de compras, para a formação de uma área voltada para o futuro.

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A importância do Chief Procurement Officer nas organizações

Se ainda havia dúvidas sobre a relevância do chief procurement officer (CPO), ou em português, diretor de compras, os recentes momentos de crise e de aumento das necessidades vieram demonstrar que este profissional será cada vez mais requisitado nas empresas. No Brasil, o cargo de coordenador de abastecimentos aparece entre as 30 profissões em alta de 2021 na revista de negócios VC S/A.

Para dar conta das exigências do novo cenário, num ambiente futurista e humanizado, este profissional do futuro – que já se destaca no presente –, precisa de olhar para dentro e para fora dos seus muros, ter processos eficientes, adaptar-se rapidamente às mudanças e reconhecer o relacionamento com os seus fornecedores como uma excelente oportunidade de negócios.

A seguir, reunimos algumas dicas para si, diretor ou diretora de compras, para que possa assumir o protagonismo da sua carreia nos próximos anos.

Cultura digital

Não sendo um conceito novo, mas estando em constante evolução, a cultura digital e a automação de processos de compras ainda dividem opiniões dos líderes nas empresas. Enquanto existem empresas que têm adotado soluções para diminuir a carga operacional das suas equipas e torná-las mais estratégicas, também existem aquelas que preferem manter os meios arcaicos, como múltiplas planilhas e papéis impressos.

Mas o facto de se implementar ferramentas digitais não significa transformar a cultura de uma organização. Antes de tudo, é preciso que essas mudanças sejam bem estudadas e estruturadas, de acordo com as particularidades de cada negócio.

O CPO deve ouvir a sua equipa, entender as principais necessidades, capacitar os trabalhadores, parceiros e demais áreas envolvidas, e, principalmente, compreender que uma cultura voltada para a transformação digital não se constrói da noite para o dia.

Critérios ESG

O ESG, sigla para environmental, social e governance, faz referência às melhores práticas ambientais, sociais e de governança, e não pode mais ficar de fora das prioridades dos CPOs.

Além de dar prioridade à diminuição dos impactos negativos das suas atividades internas em relação à sociedade e ao meio ambiente, é necessário olhar para a toda a cadeia produtiva, considerando não apenas os seus principais parceiros, mas também os respetivos fornecedores.

Um desafio e tanto para líderes e empresas…

Metodologias ágeis

As metodologias ágeis, como Scrum, Lean, Kanban, entre outras, facilitam a padronização dos processos e favorecem a inovação, produtividade e colaboração em compras.

A pesquisa “Leading agile transformation” (Liderando a transformação ágil), da McKinsey, enfatiza que os líderes podem ser as maiores barreiras ou os maiores facilitadores das transformações ágeis de sucesso.

O estudo elegeu como principal desafio a mudança cultural das empresas.

Soft skills

Em compras, o conhecimento técnico é muito valioso. Mas cada vez mais as competências comportamentais são consideradas essenciais para o sucesso do departamento.

Por exemplo, é mais fácil ensinar pessoas a usarem uma ferramenta a torná-las excelentes em negociação. Já o segundo tópico exige o desenvolvimento de competências específicas, como comunicação e relacionamento.

Nesse sentido, as atitudes e orientações de um líder são de extrema importância e podem influenciar, tanto para o bem como para o mal, o desenvolvimento de uma equipa inteira.

Compras 4.0

Não é à toa que o termo “compras 4.0” vem ganhando a atenção dos CPOs globalmente. Big Data, inteligência artificial (AI), cloud computing, impressão 3D (manufatura aditiva) e Internet das Coisas (IoT) são algumas das tecnologias que estão a mudar a forma como o departamento de compras atua.

Estas tecnologias são as grandes responsáveis pela ascensão da área e devem estar na agenda dos CPOs com urgência.

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Neste artigo selecionamos algumas das principais caraterísticas e competências do líder do futuro em compras. Está preparado? Partilhe a sua opinião e experiências nos comentários.